Homenagem à memória do professor Lemos Torres
(Texto do jornal "O Estado de São Paulo", 20 de fevereiro de 1942)
Homenagem à memória do professor Lemos Torres
A sessão solene ontem realizada pela Escola Paulista de
Medicina, em homenagem à memória do professor Álvaro de Lemos Torres – Palavras
dos professores José Inácio Lobo e Alípio Correia Neto e do acadêmico José
Salvador Julianelli.
Revestiu-se de
excepcional significação a homenagem ontem prestada pela Escola Paulista de
Medicina à memória de seu saudoso diretor, prof. Álvaro de Lemos Torres, vítima
de um acidente, há cerca de um mês.
Presentes todos os
membros da congregação da Escola, representantes oficiais e inúmeros médicos,
estudantes, amigos e admiradores daquele mestre, teve início a sessão solene,
cujos trabalhos foram abertos pelo prof. Álvaro Guimarães, vice-diretor do mesmo
estabelecimento de ensino. Depois de referir-se à obra realizada pelo prof.
Lemos Torres, cuja personalidade enalteceu, pediu ao prof. Jorge Americano,
reitor da Universidade de São Paulo, para assumir a presidência da sessão, o
que foi feito sob palmas.
Discurso do Professor José Inácio Lobo
Depois de
agradecer a indicação do seu nome para a presidência da sessão, o professor
Jorge Americano deu a palavra ao orador oficial da congregação, professor José
Inácio Lobo, que proferiu um discurso do qual destacamos alguns tópicos.
Disse
inicialmente:
“Diante do desaparecimento
dessa figura extraordinária que foi Álvaro de Lemos Torres, mais caberia uma
atitude de recolhimento que de exteriorização”.
“Mas as
coletividades, como os indivíduos, quando acometidos por uma desgraça, buscam,
no desabafo dos seus sentimentos, um sedativo para suas aflições”.
“E por isso aqui
hoje nos reunimos, ainda sob a impressão dolorosa da morte de nosso Mestre e
Diretor, para prestar à sua memória o tributo da nossa homenagem, do nosso
reconhecimento, da nossa amizade”.
“A morte de per si
não engrandece – disse ele certa vez, pois fiel a esse conceito, que é
verdadeiro, atenho-me, para traçar-lhe o panegírico, a enumeração singela dos
atos de sua vida de médico, professor e cidadão”.
Traçando ligeira
biografia do ilustre extinto, assim se exprimiu o professor Inácio Lobo:
“Possuindo
decidida vocação o magistério, aqui viveu a vida da nossa então incipiente
Faculdade de Medicina, acompanhou o seu desenvolvimento, renovou
voluntariamente todo o seu aprendizado médico, tomando parte integrante nos
cursos das disciplinas fundamentais, a várias das quais emprestou aliás a sua
ajuda, como as de Anatomia, Histologia, Anatomia Patológica, Parasitologia”.
“Todos estes
estudos e trabalhos realizava-os para alicerçar os conhecimentos da Clínica
Médica, que sempre cultivou com entusiasmo”.
“Com seu ingresso
no Serviço do Prof. Rubião Meira em 1916, começa, por assim dizer, a fase
brilhante de sua carreira de médico e professor”.
“Graças ao
espírito liberal que sempre norteou aquela cátedra, pôde Lemos Torres revelar
sua capacidade de trabalho e seus dotes de pesquisador”.
“Convencido de que
a Propedêutica é a base de todo o conhecimento clínico, passava as manhãs
inteiras na enfermaria, onde examinava cada doente, com apuro e minúcias,
procurando, em cada caso, concatenar logicamente os resultados de seu exame,
para, de acordo com os dados da Patologia, chegar a uma conclusão segura. O
diagnóstico de uma doença é consequência do exame objetivo do próprio doente;
por isso, Lemos Torres gostava de repetir que “mais vale errar tendo examinado,
do que acertar por mera impressão”.
“Datam desses
tempos memoráveis discussões sobre casos clínicos difíceis, que ele levou às
sociedades médicas, expondo-as às críticas de seus pares”.
“Ele foi sempre a
negação do dogmatismo. Podia ter sido rude diante de um raciocínio ilógico e,
certamente, agressivo, diante de um subterfúgio ou da sonegação da verdade, mas
nunca recusou a crítica honesta, e sempre acatou o parecer que se demonstrasse
acertado, partisse embora de um principiante”.
“Sua perseverança
no trabalho e no estudo e a excelência da orientação que imprimia ao ensino,
logo lhe grangearam renome entre os que se dedicaram à medicina. Não tardou que
um grupo de estudantes dele se acercasse, cujo número sempre foi crescendo, e
que se chama a escola de Lemos Torres. Sobretudo, por isso, foi ele um homem
eficiente, porque deixou discípulos, aos legou uma certa maneira de encarar as
coisas, processos de estudo e de exames clínicos, hábitos de crítica e
discussão franca, visando somente a verdade e sem preocupação de encobrir o que
ignoram”.
Depois de
historiar os acontecimentos científicos mais importantes da vida do professor
Lemos Torres, disse o orador:
“Com uma vida tão
intensa, Lemos Torres ainda pode publicar uma série de trabalhos originais do
mais alto valor, atinentes a diversos assuntos de medicina interna. Não vou
enumerá-los, já que de todos vós são conhecidos; mas, não me furto a dizer que,
todos eles, o que trata de ‘novo sinal de derrame pleural’, é de fato qualquer
coisa de notável, pois é descoberta sua, fruto do seu poder de observação e de
sua capacidade interpretativa”.
“Os homens de
merecimento, enquanto não galgam posição de destaque ou enquanto não têm um
renome consolidado, são sempre alvo de hostilidade, silenciosa ou declarada, do
meio ambiente. Lemos Torres não foi poupado a esta contingência. Mas, dotado de
têmpera invulgar, lutou bravamente, e, por seu próprio valor, conquistou a
admiração e o respeito de seus semelhantes”.
“Tudo quanto foi,
e quanto grangeou, deve-o, exclusivamente, aos seus méritos, nunca a recursos
excusos ou sequer vulgares”.
“Esta probidade
era a mesma em toda a parte e em todos os aspectos de sua vida, probo no trato
individual, probo no exercício profissional, como probo na discussão do assunto
científico”.
“A sua tenacidade
no estudo, no trabalho e nos princípios de conduta, valeu-lhe, por fim, o reconhecimento
formal de seus colegas quando da criação desta Escola, Lemos Torres foi, por
consenso unânime, escolhido para reger uma das cátedras de Clínica Médica; e,
quando mais tarde, se buscou, para dirigir esta instituição, um nome que fosse
um penhor dos mais elevados propósitos, não se esquivou ele, pouco afeito a
encargos desta natureza, em aceitar a responsabilidade de uma tarefa árdua”.
“O sucesso
integral de sua admiração provou que Lemos Torres não era apenas um devotado ao
saber, mas era capaz de obras do mais dilatado alcance coletivo”.
E foram estas as
palavras com que o professor José Inácio Lobo encerrou o seu expressivo
discurso:
“Mestre e amigo:
Quando hoje os teus discípulos, os teus
colegas e companheiros relembram os teus feitos e deploram a tua morte, sabes
bem que não o fazem pelo formalismo vão que detestavas. A homenagem que à tua
memória prestamos deriva do reconhecimento dos teus méritos e da amizade que te
votamos e que nós mesmos não sabíamos ser tão grande!”
A tua obra não foi
improfíqua, porque os frutos que já durante a tua vida produziu, se
multiplicarão nos anos de tua ausência terrena.
Os homens
glorificarão a tua lembrança: que a
Providência se amercie do teu espírito.
Palavras do acadêmico José Salvador Julianelli[1]
Seguiu-se com a
palavra o acadêmico José Salvador Julianelli, presidente do Centro Acadêmico “Pereira
Barreto”, que, depois de falar da obra e da personalidade do prof. Lemos
Torres, disse que os estudantes da Escola não poderiam ficar à margem daquela
merecida homenagem ao pranteado diretor da Escola Paulista de Medicina, que
eles tanto admiravam.
“Lemos Torres era
um moço – disse – e como tal, um ardente defensor dos ideais da mocidade. Evoco
compungido pela dor da separação a figura inigualável do mestre que soube
conquistar os corações dos moços pela finura de seu caráter, pela simplicidade
de seus atos e pela prodigalidade de seu saber”.
“Com a constância de
seu esforço e com o poder absoluto da vontade em que acreditava e a exercia,
galgou a escada da fama. O seu nome é universalmente conhecido e imortalizado
pelas inúmeras contribuições que ofertou à ciência de Hipócrates”.
E, concluindo,
declarou o orador:
“Rendemos a Lemos
Torres as homenagens que por direito lhe pertencem como homem, como mestre e
como amigo”.
Discurso do Professor Alípio Correia Neto
Proferiu um
discurso, a seguir, o professor Alípio Correia Neto, que disse, inicialmente:
“O corpo clínico e
administrativo do Hospital São Luiz Gonzaga incumbiu-me de representá-lo nesta
sessão em que se presta homenagem póstuma ao prof. Álvaro de Lemos Torres, no
trigésimo dia de seu infausto falecimento. Os motivos que induziram a Escola
Paulista de Medicina a reverenciar chorosa e agradecida o seu falecido diretor
correspondem às razões de proceder de forma idêntica os médicos e funcionários
do Hospital do Jaçanã”.
“A Santa Casa de
São Paulo teve sempre para resolver um problema sério; sério do ponto de vista
social; sério quando humanitariamente encarado. Entram, para as enfermarias
dessa benemérita entidade de assistência hospitalar, numerosos casos de doentes
atacados de tuberculose pulmonar. Na totalidade são falhos de recursos
econômicos e na maioria desesperados de cura. Não podem ser tratados no
Sanatório que a Santa Casa mantém em São José dos Campos, porque para ali são
enviados aqueles cujo grau de doença é compatível com a assistência senatorial;
nas enfermarias gerais, também não poderiam permanecer porque infectariam
outros doentes aí recolhidos. Para contemporizar esta situação aflitiva,
delineada aqui em traços rápidos, fundou, a Santa Casa, o Hospital de São Luiz
Gonzaga, retirado da cidade, mais com o objetivo de permitir aos
desafortunados, atacados da peste branca em estado clínico avançado, encontrar
na paz bucólica de Jaçanã um pouco de conforto e de consolo em seus últimos
dias. Conforto das instalações materiais e consolo instilado nas suas almas
pela suave filosofia cristã, que os ampara nesse último reduto da vida".
“Não venho aqui –
continuou o orador – fazer a biografia de Lemos Torres. O que acabo de relatar
demonstra a sua alta compreensão da vida. Encarava a sua profissão na mais
elevada significação e dava todo o seu esforço para enobrecê-la cada vez mais. A
complexa atividade do médico não se atém ao trato dos clientes, neste
sacerdócio de que se fala tanto; ele se alevanta nos seus compromissos sociais
e espirituais na afanosa luta de melhorar o homem dos sofrimentos físicos e
morais. O alcance social e humanístico da atividade do médico se desdobra em
apreciáveis resultados positivos quando tem a guiá-la a inteligência e o
caráter”.
“Alma batida dos
frios sopros da desventura e acostumada a triunfar destas tempestades por meio
de esforço moral obstinado, a alma de Lemos Torres foi temperada de energia, de
fortaleza e de cordura. Condenava intransigentemente a má fé, não apoiava o
erro, não bajulava o portentado, mas era suave com o infortúnio e melancólico
com o sofrimento alheio. Há razões para prestarmos nossa homenagem nesta sessão
ao professor Álvaro de Lemos Torres e nós o fazemos comovidos e ainda não de
todo refeitos do transe que nos abalou pela sua morte, relembrando esta obra
magnífica de ciência e solidariedade humana que é o Hospital do Jaçanã”.
Usaram ainda da
palavra os srs. Jairo Cavalheiro Dias e Décio Fleury da Silveira, ambos
evocando episódios da vida de Lemos Torres.
Por fim,
encerrando a sessão, falou o prof. Jorge Americano para se associar, em nome da
Universidade de São Paulo, à justa homenagem que estava sendo tributada à
memória do diretor da Escola Paulista de Medicina, prof. Lemos Torres, cuja
obra e cuja personalidade fora tão dignamente rememorada naquele momento.
[1]
José Salvador Julianelli nasceu na cidade de São Paulo em 29 de março de 1917, filho de Emílio Julianelli e de Conceição
Julianelli. Estudou no Colégio Rio
Branco. Ingressou na Escola Paulista de Medicina em 1937, onde foi
sucessivamente secretário, vice-presidente e presidente do centro acadêmico
Pereira Barreto. Em setembro de 1942, durante o 5º Congresso da União Nacional
dos Estudantes (UNE), foi eleito primeiro vice-presidente dessa entidade, na
chapa encabeçada por Hélio de Almeida, para o mandato de um ano.
Formou-se em medicina em 1942. Cursou Ciências Sociais
na Faculdade de Filosofia de São Bento, da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo. Durante este curso, foi presidente do centro acadêmico da faculdade
e da Federação dos Centros Acadêmicos das Escolas Católicas do Estado de São
Paulo. Nesse período também fundou e dirigiu o jornal O Bíceps, da Escola Paulista de Medicina, e uma revista
científica.
Em 1954, foi nomeado diretor da divisão de educação
extra-escolar do Ministério da Educação e Cultura (MEC). A partir de
1955, no mesmo ministério, exerceu as funções de diretor-geral substituto do
Departamento Nacional de Educação e de primeiro-superintendente da Campanha
Nacional de Merenda Escolar, da qual foi o criador. Em 1956, tornou-se membro
da comissão nacional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura, a Food and Agriculture Organization (FAO), e foi delegado do
Brasil na 4ª Conferência Latino-Americana de Nutrição, promovida por essa
organização na Guatemala. Em 1957, chefiou a delegação brasileira no I
Seminário Sul-Americano de Alimentação Escolar, em Bogotá. Em 1958, foi
nomeado primeiro diretor-executivo da Campanha de Assistência ao Estudante, do
MEC, deixando o cargo que exercia na Campanha Nacional de Merenda Escolar. No
mesmo ano participou da reunião da Junta Executiva do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef), em Genebra, Suíça.
Em 1960, encerrou suas atividades na
comissão nacional da FAO, quando chefiou a delegação do Brasil às Jornadas
Latino-Americanas de Educação e Cultura Popular, em Buenos Aires. Em 1961 fez o
curso da Escola Superior de Guerra e, cessando suas atividades como médico,
ocupou, a partir desse ano, a presidência do conselho estadual da Campanha
Nacional de Escolas da Comunidade em São Paulo.
Em outubro de 1962, elegeu-se suplente de deputado
estadual, pelo Partido Republicano (PR), com o apoio da Aliança Eleitoral pela
Família, associação civil de âmbito nacional que mobilizava o
eleitorado católico em torno dos candidatos comprometidos com os princípios
sociais da Igreja, entre os quais a defesa da propriedade privada e da família,
o combate ao divórcio e o repúdio aos extremismos de esquerda e de direita.
Nesse ano deixou a função de diretor-substituto do departamento nacional de
educação do MEC.
Em 1963, assumiu o mandato na Assembléia
Legislativa paulista, exonerando-se da diretoria da divisão de educação
extra-escolar do MEC e da diretoria executiva da Campanha de Assistência ao
Estudante. Ainda nesse ano afastou-se da Assembléia para exercer até 1964 o
cargo de secretário de Saúde e Assistência Social do Estado de São Paulo, no
governo de Ademar de Barros (1963-1966).
Após o movimento político-militar de
31 de março de 1964, que depôs o presidente João Goulart (1961-1964) e a
extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro
de 1965, seguida da instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança
Renovadora Nacional (Arena), agremiação política de apoio ao regime militar,
criada em princípios de 1966. Nesse ano, afastou-se novamente da Assembléia para
ocupar o cargo de chefe do Gabinete Civil do governador paulista Laudo Natel
(1966-1967) e passou também a fazer parte do Conselho Estadual de Educação.
Em novembro de 1966, elegeu-se deputado estadual,
assumindo o mandato em fevereiro de 1967. Reelegeu-se em novembro de 1970 e
presidiu o diretório regional da Arena de 1971 a 1972. Neste último ano
exonerou-se da presidência do conselho estadual da Campanha Nacional de Escolas
da Comunidade e, nos anos de 1973 e 1974, foi vice-presidente da Assembléia.
Durante seus mandatos, exerceu ainda a presidência da Comissão Especial de
Tecnologia, Pesquisa e Ciência e participou da Comissão de Saúde e Turismo.
Em novembro de 1974 elegeu-se deputado federal.
Deixando a Assembléia em janeiro de 1975, assumiu seu novo mandato em fevereiro
seguinte. Foi presidente da Comissão de Educação e Cultura, suplente da
Comissão de Saúde e relator parcial da Comissão Especial de Defesa da
Estabilidade da Família Brasileira na Câmara. Nesse mesmo período, foi
presidente do Seminário sobre Ensino Superior, realizado em São Paulo, em 1977.
Reelegeu-se em novembro de 1978, ainda na legenda arenista, e tornou-se membro
do diretório nacional do partido. Com a extinção do bipartidarismo, em novembro
de 1979, e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao Partido
Democrático Social (PDS), agremiação sucessora da Arena. Em outubro de 1981, o
Congresso Nacional aprovou sua proposta de emenda constitucional, que permitia
às assembleias legislativas dos estados fixarem a remuneração dos deputados
estaduais. Ainda nessa legislatura foi membro da Comissão de Educação e
Cultura, suplente da Comissão de Saúde e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito
sobre Contaminação de Alimentos. Foi reeleito em novembro de 1982.
Na sessão da Câmara de 25 de abril de 1984, faltou
à votação da emenda Dante de Oliveira, que propôs o restabelecimento das
eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a
emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação no Colégio
Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985 — faltaram 22 para que o projeto
pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado Federal —, Julianelli votou em
Paulo Maluf, derrotado pelo candidato oposicionista Tancredo Neves, eleito novo
presidente da República pela Aliança Democrática, uma união do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS abrigada na
Frente Liberal. Por motivo de doença, Tancredo Neves não chegou a ser empossado
na presidência, falecendo em 21 de abril de 1985. Seu substituto no cargo foi o
vice José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo, desde 15 de
março deste ano.
Julianelli deixou a Câmara em janeiro de 1986, ao
final da legislatura.
Foi presidente do conselho estadual da Campanha
Nacional de Educandários Gratuitos, diretor da Fundação Educacional Leonídio
Alegretti, diretor-tesoureiro e vice-presidente da empresa editora do jornal Correio
Paulistano e primeiro-secretário da Associação dos Profissionais de
Imprensa de São Paulo. Lecionou problemas brasileiros na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de São Caetano do Sul (SP).
Faleceu no dia 26 de junho de 1990.
Era casado com Maria Aparecida Machado Julianelli,
com quem teve três filhos.
O texto deste apêndice foi embasado no site:
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/julianelli-salvador
Esse site citou as fontes referidas abaixo:
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1975-1979 e 1979-1983); Estado
de S. Paulo (5 e 23/9/62); Globo (6/1/79, 26/4/84 e
16/1/85); Jornal de Brasília (13/3/77); Jornal do
Brasil (22/10/81); NÉRI, S. 16; Perfil (1980);
POERNER, A. Poder; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem;
TRIB. SUP. ELEIT. Dados (6, 8 e 9); Veja (4/7/90); Who’s
who in Brazil (1969).